No dia 04 de Maio de 2013, A Flávia e o Guilherme se casaram. E nós estávamos lá.
Desde então, somos amigos. É verdade que a vida segue caminhos diferentes, e a gente perde um pouco do contato, mas nunca deixamos de acompanhar as conquistas e as alegrias uns dos outros à distância, e começamos a ver, pelas fotos, uma família crescendo do lado de lá.
Uns 2 anos depois da última vez em que jantamos juntos, nos encontramos, sem querer, na Bahia (!) e, sem saber, íamos ao mesmo casamento. Nós, carregando as nossas câmeras, e eles, carregando uma bebê que era uma “mini-Guilherminha” em um carrinho. E nem dava pra conter a alegria de ver aquelas pessoas que foram tão especiais pra nós agora sendo pais. É a hora em que a gente começa a se sentir velho (ai, bebê, nós vimos seus pais casando…), mas também, quando cai a ficha de que a gente realmente se apega aos casais que passam pelas nossas vidas.
Alguns meses depois desse encontro, a bebê Luiza já ia comemorar 2 anos e, e a Flávia queria que nós pudéssemos fazer o filme do aniversário mas, por um desencontro de agendas, não conseguimos estar presentes, e ela garantiu que, na próxima festa, nós precisaríamos estar e, por isso, com bastante antecedência, começamos a conversar bem cedo sobre os 3 anos da Luiza. E, é claro que este momento precisaria ser muito especial.
5 anos depois de fazermos o filme do casamento, íamos poder contar mais um capítulo da história dessa família que sempre foi muito especial pra nós. E isso era muito incrível, e uma responsabilidade muito grande.
Temos que dizer aqui que sempre fugimos um pouco dos aniversários de criança, porque, a verdade é que não sabíamos muito bem como contar a história de uma festa de aniversário. Ainda que seja sempre tudo muito fofo, não deixa de ser um pouco repetitivo o que acontece no evento. E tendo nas nossas mãos uma missão tão importante, ficamos pensando em como poderíamos transformar o filme daquela festa em algo tão especial quanto gostamos de fazer com os casamentos.
E a grande questão, na verdade, estava justamente aí: nos casamentos a gente mostra sim o dia da cerimônia, mostra a festa e tudo o que envolve aquele evento, afinal, é por causa dele que existe o filme. Mas, o que a gente tenta sempre mostrar, além do que está bem ali diante dos olhos de todos, é o que significa tudo aquilo para aquelas pessoas que estão ali se casando, para aquelas famílias que estão se unindo e para todo mundo que está ali celebrando. “O que nós estamos celebrando” é o que realmente importa, é o que torna cada filme único e é o que faz a gente amar o nosso trabalho.
Os casamentos podem parecer todos iguais e, se perguntarmos para qualquer pessoa, à primeira vista, a resposta padrão seria que todo mundo está celebrando o amor, mas é sempre o amor e algo mais. Pode ser o amor e a família, o amor e os amigos, o amor e as diferenças, o amor e a balada, o amor e o cachorro. O amor anda sempre junto com um milhão de outras coisas, e é por causa delas também que a gente celebra.
Nesse caso, era sobre a festa mas, era também, sobre celebrar a Luiza, e o Gui, e a música, e a Flávia, e as brincadeiras, e o João, e a casa, e a família, e a festa, e o amor (é claro) e tudo mais que faz parte da vida deles, e que, com certeza, a Luiza vai amar lembrar.
E o resultado disso é algo que nós somos incapazes de ver sem chorar, porque, no fim, foi uma das coisas mais legais que nós já fizemos até hoje. Não só um filme que nós amamos muito mas, a experiência de voltar para uma família que nos recebeu tão bem anos atrás, e que ainda lembrava de nós e nos acolheu de novo com muito carinho.
Flávia e Gui, nosso obrigado, infinito, pela amizade, pelos conselhos, pelas risadas, pelas cervejas e por continuarem confiando em nós.
Estaremos sempre aqui, torcendo por vocês 4.